Chega a ser... não direi humilhação, mas uma intromissão que nos oiçam a música da nossa vida.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Poltrona de Orelhas
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
A máscara e o mascarado
É ridículo ser um ser que foge. Alguém que tenta esquecer, mas que não sabe o que fazer com a recordação. Alguém que se furta e esconde e do seu esconderijo observa e engana, que desconfia, que recorre a miragens, alguém tão incoerente ou tão frágil o suficiente para se entregar aos dias deixando-os passar. Alguém que não sabe como enfrentar a vida e tão estúpido ou tão inconsciente o suficiente para não se sentir derrotado. Alguém a quem não falta a esperança, mas incapaz de a construir por si mesmo, alguém que prefere esperar apesar das incertezas da espera, alguém que confia que se encontrem as soluções sem a sua intervenção. Alguém que sente medo. A quem atemoriza a passagem do tempo, mas que permite que ele decorra vazio. Alguém incapaz de se esquecer de si mesmo, e suficientemente fátuo para se deleitar com a temeridade.
É ridícula esta inata catarse aristotélica da teatralidade da limitação e do renascimento, da máscara e do mascarado.
Mas...quid faciemus?
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Observatório
sábado, 3 de outubro de 2020
Palomar
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
terça-feira, 29 de setembro de 2020
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
A finalidade oculta
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Estulto
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Outono
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Das expressões modernas
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
Das expressões clássicas
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Camp (style)
Atentai no polimento irrepreensível dos sapatos tendência retro.
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Eles aí estão...
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
A resposta que Marcelo quis dar, mas não conseguiu
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Dickinson
(reconheço-me, mas não me sossega.)
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Marginal
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Um homem...
sábado, 15 de agosto de 2020
Deusa
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Palomar
O Senhor Impontual andou pelo mundo ou por aquilo que se considera ser o mundo, e sabe não haver qualquer tipo de engano: tudo é um curso ininterrupto de sentimentos e de acções consequenciais. O lugar onde o Senhor Impontual se encontra agora - em casa - constituiu alguma excepção, mas não deixa de agudizar inquietações. Como é possível nascermos, vivermos (e morrermos) num mundo assim feito, frágil e instável? Mas nada existe de estoicamente definitivo; obscuros clarões de uma ambígua esperança surgem em grandes paradas citadinas, em ajuntamentos de rua onde se fala de um Estado empenhado na sanidade e nas liberdades individuais dos cidadãos, de estabilidade no trabalho e de tranquilidade nas consciências, quando na realidade o que se vê é um desfile de pessoas num movimento pendular entre a fuga e a nostalgia, como se cada um e todos tivessem o corpo e a alma desgovernados.