Enquanto a geração cabeça baixa tecla, posa, fotografa e volta a teclar fazendo chegar ao Mundo os seus mundos, faço um considerável recuo mental e dou comigo da idade deles, num tempo em que fervilhava em mim a mesma vitalidade que a borboleta deve sentir ao sair da crisálida. Em que o que queria era experimentar a embriaguez permanente que me permitia todas as audácias. Falar com raparigas, caminhar enlaçando-as pelos ombros, beija-las, acariciar os seus incríveis seios, introduzir a mão por baixo das suas saias perturbadoras e, quando a sorte me sorria, atingir realmente o fim, sentir a demasiado breve electrocussão que fazia de mim um homem e me autorizava, chegado o momento, a regressar a casa de cabeça erguida.
Por ora deixo-me com um pé no rio, um livro, dois dedos de conversa para dentro, uma cerveja, a música no ouvido.
Por ora deixo-me com um pé no rio, um livro, dois dedos de conversa para dentro, uma cerveja, a música no ouvido.
Those were the days, oh yes, those were the days...:)
ResponderEliminarOh, sim. Esses eram os dias.
Eliminarsem dúvida, partilhamos a mesma geração.
ResponderEliminarum abraço, I.
Abraço, estimada Flor.
EliminarResta saber o que recordará esta geração quando tiver um pé no rio... o que ficará?
ResponderEliminarSó um disco duro lhes pode valer.
EliminarNão houvesse raparigas, recordaria o quê?
ResponderEliminarNoname, quer uma resposta subrepticia como a sua pergunta ou prefere uma resposta com um pe no rio?
EliminarBom dia Sô Impontual
EliminarA minha pergunta, é apenas curiosidade feminina, uma vez que, o sermos o eixo das vossas vidas, eu já sei :-)) Todavia a casa é sua, responderá como achar que deve, sendo uma mulher do norte aguentarei a pancada sem pestanejar. Que tal responder das duas formas?
Opto pela resposta de pé no rio. Nem sempre a curiosidade está acompanhada de maledicência.
EliminarUm abraço ( ou uma pancadinha nas costas , se preferir).
Não me preocupo com esta geração, nem com a anterior a mim e muito menos me preocupo com a minha. Acho que as pessoas perdem demasiado tempo a olhar para o outro e para o seu pezinho no rio. Prefiro preocupar-me comigo, com as sensações do meu pé no tal rio e com o abraço quente que me toma por trás.
ResponderEliminarBeijo :)
Não dei se não será preocupante essa despreocupação, Alexandra Alves.
EliminarOutro Beijo.
Com um pé no rio estamos todos desde que nascemos... a imaturidade e depois as muitas distracções de vária ordem é que nos impedem de o sentir. E ainda bem que tudo deve chegar a seu tempo.
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