Vaguear pelos meses em doces nostalgias, recusar durante longo tempo a ideia do amor e embriagar-se de amargura. Depois, sem se curar da recordação, descobrir-se diferente, mais vivo, longe das expectativas, interessado na pessoa menos cheia de certezas que sentia fremir dentro de si. Horas maravilhosas de solidão, uma espécie de lua-de-mel consigo mesmo. Uma verdadeira alegria interior a surpreender aquele desgosto que se julgava infinito, naquele momento em que as cores e as emoções ainda não foram devoradas pelo calor. Sentir o desejo de agradar a si mesmo, prelúdio ao prazer. Mergulhar em si próprio, rodeado por uma música interior, construir um abrigo e às vezes elevar-se para observar de longe. Sentir mesmo gosto em frequentar esse universo alargado de pessoa só, sem se atolar em delírios de desgaste lento.
Isso estará mais para paraíso, não?
ResponderEliminarQuem sou eu para julgar, com vista de pouco alcance, algo que pode estar a léguas de distância?
EliminarComo vai, noname? :)
EliminarNão vou. Não arranjei bilhete. Fico-me por aqui mesmo, pela terra, sem lua de mel nem paraíso. Uma injustiça yes it'is
Eliminar:-))
Talvez na terra onde se deixa ficar haja apenas um pecado capital: a sofreguidão. Veja lá isso, noname.
EliminarFique descansado, não será por aí :-)
EliminarA própria dor adormeceu no nosso colo
ResponderEliminarcomo um animal de companhia
belo texto, I.
«Ainda ontem estávamos sozinhos diante do horror
Eliminare já somos reais outra vez.»
( flor, não me traga o saudoso que este misto de alegria e tristeza momentâneo, não me faz bem)
Abraço
:) fujo já, para não incomodar. um abraço.
EliminarTodavia em vez de metafísica
ou de biologia
dá-me para a mais inespecífica
forma de melancolia:
poesia nem por isso lírica
nem por isso provavelmente poesia.
Pois que faria eu com tanto Passado
senão passar-lhe ao lado,
deitando-lhe o enviesado
olhar da ironia?
Incomodar!!!A flor bem sabe que aqui sempre pôde entrar pela porta que dá para a memória. :)
Eliminarem quantos dias, Impontual?
ResponderEliminarpor cada dia fora dois dentro. Mil não devem chegar.
EliminarQuando conseguir a receita para concretizar essas núpcias, lembre-se de mim, Impontual.
ResponderEliminarTambém quero.
Abraço.
Receita temos sempre. Ingredientes é que... por vezes...
EliminarAbraço
Transportou-me.
ResponderEliminarBoa viagem, Leonidas. :)
EliminarQuantas vezes não é a solidão a melhor companheira?
ResponderEliminarAbraço
:)
A solidão sempre foi a melhor companheira dos desacompanhados. :)
EliminarAbraço, meu caro CN Gil
Senhores - sentir solidão e estar só - não é a mesma coisa-
EliminarQuanta gente por aí, estando acompanhada vive na maior solidão
Quantos sós, são a sua melhor companhia e vivem felizes.
Também eu às vezes namoro comigo própria:)
ResponderEliminar~CC~
Isso é sanidade e paz de espírito garantidos. :)
Eliminar...lá diz o ditado; mais vale só de que mal acompanhado. Mas também ás vezes não somos boa companhia de nós mesmos, tem dias[risos]
ResponderEliminarÉ sempre uma questão de astral. :)
EliminarPalavras que embalam.
ResponderEliminarBeijo!
se revogáveis. :)
EliminarAbraço.
Uma espécie de "mindfulness". Será?
ResponderEliminarCostumo lê-lo e hoje identifiquei-me com o processo que descreve. Tento praticá-lo continuamente, mas ainda não consegui. Fazê-lo de modo intermitente é já uma excelente ajuda.
Espero não ter incomodado. Gosto do que escreve. Obrigada.
Obrigado.
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