Continua a haver um ínfimo momento naquela música do Fausto, “Foi por ela", em que o desejo assume um determinado contorno, ganha forma e odor, voz e vida própria. Há um trecho de história que continua a acontecer ali naquele instante, naquela fracção de segundo e que eu sei perfeitamente qual é porque continuo a apanha-lo num voo planado, capto-o num movimento pendular e porque dele me continuo a escapar numa estúpida, por vezes absurda, diria mesmo irracional miscelânea de amarga e doce saudade. Só que depois o sol, esse, até nem me faz falta.
Como se isso pudesse ser verdade, o sol não lhe fazer falta!
ResponderEliminarDesculpe, mas, não acredito ou não quero acreditar!
Que lindo isto que escreveu, Impontual!
ResponderEliminarAdoro o Fausto e a as belas composições, especialmente esta:
"Foi por ela que me enfeito de agasalhos
em vez daquela manga curta colorida
se vais sair, minha nação, nos cabeçalhos
ainda a tiritar de frio acometida
mas o calor que gera plantas também farta
e esvai-se o tropical sentido na lapela
foi por ela que eu vesti fato e gravata
que o sol até nem me faz falta… foi por ela
Feliz fim-de-semana iluminado e quente.
(sem blazer nem fato e gravata, de preferência, mas vá, saia...a Nação precisa deixar de tiritar)
Um abraço! :)
Olha...afinal, o Impontual antecipou-se-me! :)))
Eliminaré das minhas canções portuguesas favoritas de sempre.
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