Possuída pelos rancores intactos que acabaram por lhe roubar o sorriso, ostenta agora um olhar fugidio, um rosto fechado. À noite, muito ausente nos seus braços, ainda lhe vai fazendo a esmola do seu corpo, mas sem nada entregar de si própria. No leito, cheia de negligências apressadas, já não o arrasta para aquelas sessões que outrora os faziam arquear de volúpia. O amor físico atamancado, praticado com desdém, é a última ferida que lhe pode infligir, a sua maneira de o censurar por não ser mais homem. Sempre que ele se aplica a interromper aquele lento naufrágio, através de iniciativas funambulescas que satisfazem mais as suas prioridades que as dela, responde com dietas de silêncio, olhares ociosos que formam uma cortina. Patinha na proximidade longínqua, na recusa da lentidão, num atoleiro de egoísmos. Já não acredita nos seus beijos; murcha de decepção. Adúltera.
Aia grande puta (não, não existe erro :(
ResponderEliminarAlexandra veja lá se quer ir ao Juiz. Então?
EliminarValha-me Santa Quitéria!!!
ResponderEliminarO Senhor Palomar não ia gostar nada disto...
...é por estas e outras que ele continua a querer entender o que vai na superfície e mais abaixo...
O mundo observa o mundo...
Eliminar...e o mundo pasma, incrédulo, com o que se passa, à superfície do mundo...
Eliminartudo na dona Quitéria pedia castigo. tal afronta, não podia passar incólume.boa noite, Impontual.
ResponderEliminarBom dia, agora, mia dos santos.
EliminarOxalá este juiz se recorde para sempre da Dona Quitéria por ela ter significado o fim da sua carreira. Seria o mínimo.
ResponderEliminar~CC~
O mínimo é coisa pouca, CC.
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