Um dia, e esse dia já esteve mais longe, pacientemente, aprenderemos a viver com o mau-estar, com a medonha presença da outra figura. Para aí chegar, revestiremos tudo de silêncio. Será dispendioso. Não estaremos, sem dúvida, em condições de reencontrar a quietude senão ao preço alto desse mutismo. Ignoraremos por que razão uma tal confiança se forjou e instalou tão rapidamente. Saberemos apenas que isso aconteceu. Insinuou-se e existe agora entre nós. Uma coisa sólida e simples. Com uma certeza porém, indiscutível, que no entanto, sem dúvida alguma, debaixo da máscara cirúrgica, jamais invocaremos: ambos somos estrépitos.
Texto para reflexão.
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Uma semana feliz
Cumprimentos
Com o 'canibalismo' que grassa pelo mundo, o que mais há é quem precisasse andar açaimado...
ResponderEliminarBoa noite e excelente semana, Impontual!
Ficamos tão estranhos, a mim a máscara fica-me particularmente mal (será que todos pensam o mesmo?), mas ainda assim sei tapar o nariz, coisa que já vi muita gente a não fazer. Mas o que me é difícil é mesmo o medo do outro, coisa que já comecei a perder com os mais próximos, não me aguentei e dei um abraço, afinal também se pode morrer pela falta deles...(embora isso não dê direito à designação de pandemia).
ResponderEliminar~CC~