segunda-feira, 2 de maio de 2022

De Dostoiévski a Shevchenko, num ápice

Está uma tarde maravilhosa, uma dessas tardes que apenas são possíveis quando somos crianças. O céu está tão cheio de azul, tão luminoso, parece pintado de fresco, que quem erguer os olhos para ele vê-se forçado a perguntar a si mesmo: será possível que sob um céu assim possam viver homens maus e caprichosos? A própria pergunta é infantil, muito infantil, mas oxalá ao amigo leitor, lha possa inspirar muitas vezes!

Entretanto, há um tempo na Ucrânia onde armas roncam. Há um tempo naqueles terras suavemente onduladas onde jazem, enterrados, corpos cossacos com a cabeça quebrada.
Mais uma vez o sangue das pessoas.
Está a jorrar...

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