Desde a bactéria à reprodução sexuada o vivente não cessou de se diversificar, de se adaptar, reagiu ao granizo, à geada, ao diluvio, inventou códigos para comunicar, barcos e outros meios para viajar, pilhou a natureza, oprimiu os animais até os reduzir à escravidão em massa nos recintos onde os cria em série, conquistou as florestas e os oceanos, inventou satélites que num ápice fazem as suas melhores imagens correr o mundo, mas sem jamais conseguir ficar em paz com o seu único desejo. O desejo de ser amado da maneira que quer ser amado e não do modo como os outros o podem amar.
O vazio perturbará o seu espírito, o seu coração e o seu corpo até aos confins do tempos.