Embora seja esse o motivo porque vou escrevendo este relato: porque às vezes tem laivos de alguma beleza, é elástico, é vivo e encontro por todo o lado o leitmotiv do meu deslumbramento: o vício, as loucas tentações, a reflexão ou a violência, o amor ou a indiferença, de tudo me sirvo para viver. Com excepção da malevolência, pois ela nunca me habitou. O ódio não cria, destrói. Estou acima disso. Repito, estou acima da malevolência. São o desejo, a paixão, o desprezo, a repugnância, o que anima a minha vida. Contudo reconheço, também, a força e a fecundidade da indiferença, embora, por regra, esta palavra nada signifique para quem quer que seja. Nem para mim, que às vezes me comporto como um verdadeiro asno.
só se for pela teimosia de manter a vida animada pelo que o deslumbra.
ResponderEliminarIndiferença, aquele estado em que nos distanciamos dos outros e muitas vezes de nós próprios. São mecanismo de defesa, Impontual. Apenas isso.
ResponderEliminarAbraço.
Gosto muito da palavra asno e, quando a utilizo, é sempre para designar alguém que me é caro. A minha mana e os meus manos e as minhas filhas sabem-no bem :)
ResponderEliminar...e quem não o reconhece, não merece ser levado a sério!
ResponderEliminar:)