Para mim, a paixão é que é cega. Quando tomados por ela, o nosso espírito anda de olhos fechados, encandeado pelos reflexos do próprio umbigo. Na paixão sobrecarregamos o outro com as nossas expectativas ilusórias e sofremos pela nossa resistência à realidade. No mesmo dia, a paixão pode levar-nos vertiginosamente do céu ao inferno. A paixão tem metas: possuir o outro, ou seja, possuir o que nos possui. E a paixão é fugaz. Nasce e morre com uma facilidade incrível.
O amor não é cego. Faz-nos ver para além de nós. Porque começamos a amar quando deixamos de fazer castelos no ar, quando começamos a confiar no que o outro pode ser. E quanto maior confiança tivermos em alguém, tanto melhor podemos amá-lo. O amor é entrega, é aceitação, é, num certo sentido, abnegação. É respeitar as idiossincrasias, os silêncios, a essência do outro. O amor é uma libertadora aventura de perdição a dois, que nos eleva e faz superar como pessoas. A meta do amor é o caminho: uma aprendizagem que dura uma vida inteira. É dificílimo amar. Porque, na verdade, nós é que somos cegos para o amor.
Impontual, o amor exercido com maturidade não é incondicional, porque pressupõe uma escolha. E a escolha pode ser tomar as coisas como são – na coincidência e na diferenciação - e não como gostaríamos que fossem. Mas isto é apenas o meu ponto de vista, que vale o que vale.
Miss Smile, não temos espaço nem tempo para abrir a dissertação que um tema destes sempre necessita, mas deixe-me dizer-lhe que o amor - na sua essência, reitero - é algo que dificilmente se exerce com maturidade e... ainda bem que assim é.
( o seu ponto de vista é sempre bem-vindo e muito válido, como sabe)
O amor, esse sentimento sublime que embala os nossos melhores sonhos, não é auxiliado pela razão. Logo afecta-nos pela cegueira que provoca, logo ultrapassa limites e contamina o cérebro, logo é sujeito a equívocos, logo sujeito a provocar doses de felicidade que, por ventura, poderão não ser superiores às doses de sofrimento.
A minha forma de ver a coisa é sinteticamente está: quem é da natureza de ver, vê lá os defeitos todos, mesmo no amor. Quem não é da natureza de ver, não os vê. Como também não vê nenhuma qualidade nas pessoas de quem não gosta. Uns e outros podem amar. Os primeiros amam mais coisas porque amam igualmente o lado lunar. Se o amor é causa direta de sofrimento? Sem dúvida. Se compensa? Sem dúvida que não. Se pode ser evitado? Não.
Amor, será o que fica depois da paixão assolapada Amor não é cego nem incondicional, a não ser que sejamos uns idiotas. Amor é: Ser bondoso - Não tóino Amor é: Dividir o guarda chuva - Não ficar à chuva Amor é: Aceitar as diferenças - Não anularmos-nos para sermos iguais Amor é: Dar uns tiros pró ar - Não dizer amém a tudo Amor é: Tudo o que se divide, mantendo a individualidade do ser Amor é bué de coisas mas não é incondicional e pronto!
A cegueira implica impossibilidade de ver... No amor... perdoa-se aquilo que não se deseja ver... talvez seja aí que se encontrem alguns momentos de felicidade... Bjs Ana
Adorei a sua reflexão! Concordo que o amor vem sempre acompanhado de um pouco de cegueira. O amor rouba-nos algumas das nossas capacidades e toma conta de nós. Amamos com o coração e não com a razão.
Assim não brinco, o Impontual desmonta os carrinhos todos.
ResponderEliminarBom dia
Então, noname?
EliminarOu será mais clareza, Impontual?
ResponderEliminarClarividência nunca ajudou muito o amor.
EliminarImpontual, como a Miss Smile já explicou tão bem o que coincide com o meu ponto de vista, remeto para a leitura do respectivo comentário.
Eliminar(Aqui o sol não anda grande coisa.)
A clarividência nunca ajudou muito o amor, porque o amor não se compadece de analises frias, claras e objectivas.
Eliminar( aqui frouxo)
Não se compadece, nem carece...
Eliminar(Peço desculpa, Impontual, por incrementar um pouco mais ao seu pensamento..:) )
porque é que o amor quer dizer cegueira?
ResponderEliminarPorque se não quiser dizer cegueira, possivelmente não é amor.
EliminarPelo menos uma visão selectiva...
EliminarLololol, cegueira e surdez!
ResponderEliminarIncondicionalmente.
EliminarDisse Lol, Sandra!? Chegou a Primavera ? .)
Nop!
Eliminarooh!
EliminarPois eu cá acho que ele, o amor, é cego e vê. Desconfio é que vê tudo desfocado... Não sei porquê...Sabe, Impontual?
ResponderEliminarSei. Porque vê com o coração.
EliminarPara mim, a paixão é que é cega. Quando tomados por ela, o nosso espírito anda de olhos fechados, encandeado pelos reflexos do próprio umbigo. Na paixão sobrecarregamos o outro com as nossas expectativas ilusórias e sofremos pela nossa resistência à realidade. No mesmo dia, a paixão pode levar-nos vertiginosamente do céu ao inferno. A paixão tem metas: possuir o outro, ou seja, possuir o que nos possui. E a paixão é fugaz. Nasce e morre com uma facilidade incrível.
ResponderEliminarO amor não é cego. Faz-nos ver para além de nós. Porque começamos a amar quando deixamos de fazer castelos no ar, quando começamos a confiar no que o outro pode ser. E quanto maior confiança tivermos em alguém, tanto melhor podemos amá-lo. O amor é entrega, é aceitação, é, num certo sentido, abnegação. É respeitar as idiossincrasias, os silêncios, a essência do outro. O amor é uma libertadora aventura de perdição a dois, que nos eleva e faz superar como pessoas. A meta do amor é o caminho: uma aprendizagem que dura uma vida inteira. É dificílimo amar. Porque, na verdade, nós é que somos cegos para o amor.
Foquemo-nos então apenas no amor enquanto essência incondicional:
EliminarO que é o amor incondicional?
Nada mais é do que estar cego, a tudo que nos rodeia.
Impontual, o amor exercido com maturidade não é incondicional, porque pressupõe uma escolha. E a escolha pode ser tomar as coisas como são – na coincidência e na diferenciação - e não como gostaríamos que fossem. Mas isto é apenas o meu ponto de vista, que vale o que vale.
EliminarUm abraço :)
Miss Smile, não temos espaço nem tempo para abrir a dissertação que um tema destes sempre necessita, mas deixe-me dizer-lhe que o amor - na sua essência, reitero - é algo que dificilmente se exerce com maturidade e... ainda bem que assim é.
Eliminar( o seu ponto de vista é sempre bem-vindo e muito válido, como sabe)
Abraço :)
...enquanto não não quebrar o encantamento.
ResponderEliminarBeijo doce ;)
Desde que não doa...
EliminarBoa noite, Goti.
Desta vez não estamos de acordo. Qualquer sentimento acompanhado de cegueira só pode ter o nome de equívoco.
ResponderEliminarO amor, esse sentimento sublime que embala os nossos melhores sonhos, não é auxiliado pela razão. Logo afecta-nos pela cegueira que provoca, logo ultrapassa limites e contamina o cérebro, logo é sujeito a equívocos, logo sujeito a provocar doses de felicidade que, por ventura, poderão não ser superiores às doses de sofrimento.
EliminarA minha forma de ver a coisa é sinteticamente está: quem é da natureza de ver, vê lá os defeitos todos, mesmo no amor. Quem não é da natureza de ver, não os vê. Como também não vê nenhuma qualidade nas pessoas de quem não gosta. Uns e outros podem amar. Os primeiros amam mais coisas porque amam igualmente o lado lunar.
EliminarSe o amor é causa direta de sofrimento? Sem dúvida. Se compensa? Sem dúvida que não. Se pode ser evitado? Não.
Ainda que vendo, podemos na mesma amar alguém. Se é o amor incondicional? Talvez. Mas não é o amor incondicional amor?
ResponderEliminarÉ. Desde que se sustente, Porque em não se sustentando deixa de ser um prazer e passa a incomodar, como um corpo estranho.
ResponderEliminarAmor, será o que fica depois da paixão assolapada
ResponderEliminarAmor não é cego nem incondicional, a não ser que sejamos uns idiotas.
Amor é: Ser bondoso - Não tóino
Amor é: Dividir o guarda chuva - Não ficar à chuva
Amor é: Aceitar as diferenças - Não anularmos-nos para sermos iguais
Amor é: Dar uns tiros pró ar - Não dizer amém a tudo
Amor é: Tudo o que se divide, mantendo a individualidade do ser
Amor é bué de coisas mas não é incondicional e pronto!
A cegueira implica impossibilidade de ver...
ResponderEliminarNo amor... perdoa-se aquilo que não se deseja ver... talvez seja aí que se encontrem alguns momentos de felicidade...
Bjs
Ana
Adorei a sua reflexão!
ResponderEliminarConcordo que o amor vem sempre acompanhado de um pouco de cegueira. O amor rouba-nos algumas das nossas capacidades e toma conta de nós.
Amamos com o coração e não com a razão.
Rita