Esta última semana passei-a a fotografar árvores e pensava por lá ficar mais um par de dias, mas por motivos de compromisso cá da minha vida tive de voltar à grande cidade.
O choque é frontal. Onde havia ciprestes há pessoas, onde havia espaço há carros enfileirados a perder de vista, onde havia terraços voltados para o horizonte há esplanadas sombrias com mesas carregadas de gente, onde havia pássaros em chilreo há músicos de rua. Onde havia um mar levemente ondulado há gente que grita, gente ferida, gente que fere, gente que disputa lugares, gente que não sorri, gente sem rosto, gente curvada sobre si mesma, gente que ultrapassa pela direita, gente que pára sem travar, gente que muda de direcção sem dar sinal, gente que vai, gente que vem, gente que fica... gente, gente, gente.
Acreditem, eu não tenho absolutamente nada contra cada uma destas pessoas individualmente, mas quando se juntam em forma de multidão... às vezes abomino-as. Não sei se podia dizer isto?
Mas vá lá, ganhei um bilhete para o Rodrigo Leão & Scott Matthew no Primavera Sound, vá lá.
Mas vá lá, ganhei um bilhete para o Rodrigo Leão & Scott Matthew no Primavera Sound, vá lá.
Acho muito mal essa dupla ir ao Porto e esquecer o passeio marítimo... Não se faz. :)
ResponderEliminarÉ possível que não tenham sido convidados.
Eliminar:)
Lá está, está mal. :)
EliminarApareça, Té. É dia 8 Junho. No dia seguinte é sexta-feira. :)
Eliminarhum...se entretanto o calendário sofrer alterações e sexta passar a ser 13 de Junho - feriado! :)
EliminarImpontual, depois não se esqueça e venha cá contar como foi muito bom ainda que a abarrotar de gente. Só para fazer inveja, da boa, OK!? :) Divirta-se e aprecie.
Valha-nos isso minha santa
ResponderEliminarGente... onde há gente há confusão.
Kis :=}
É verdade, gente em excesso impede-nos de olhar para as pessoas.
EliminarLá vais tu desfrutar de tal deleite, no meio da Gente, multidão...
ResponderEliminarA vida é feita destes contrastes, e da nossa guerra individual com o mundo lá fora. Mas o importante é saber separar o trigo do joio e filtrar as impurezas da água, e viver a vida de bem connosco e com a nossa consciência, humana, moral e cívica.
Aproveita bem o concerto e diverte-te muito. Decerto encontrarás por lá gente igualmente bonita.
Gostei muito do título da tua publicação.
Então vá fica um beijo e um abraço.
Na realidade estamos cercados pela coexistência.
EliminarAbraço.
Às vezes também me custa descobrir, na minha cidade, calmaria e verde.
ResponderEliminartarde boa, Impontual
Bom era poder viver-se à segunda-feira nos jardins de Serralves, terça no Parque da Cidade, quarta na Praia da Luz, quinta à tarde uma infusão de rooibos na Rota do Chã e... sexta a gente aguenta, pronto.
EliminarBoa tarde, Laura.
que bela lista, Impontual.
EliminarSó acrescentaria os jardins do Palácio de Cristal :)
entendo-o muito bem, Impontual, e aqui o espaço ainda é arejado, excepto ao fim de semana e mês de agosto.
ResponderEliminarBom era pender para a aproximação a um sifão misterioso que nos aspirasse para um outro mundo,campo aberto a outras euforias desmedidas.
EliminarSou capaz de pedir boleia à Capitã Cuca.
acha? não sei se me ia dar bem com euforias desmedidas...entretanto como amendoins de forma excessiva.
Eliminarnem num outro mundo, campo limpo e aberto a outras euforias desmedidas? .)
Eliminarfez-me lembrar: go outside, take off all your clothes, and run like there's no tomorrow...
Eliminarparece-me bem :)
Às vezes, é no meio da multidão que me sinto mais sozinha.
ResponderEliminarUm abraço, Impontual
Absolutamente, Miss Smile. Não hÁ nada como poder-se pendurar a alegria nos ramos mais altos das alfarrobeiras.
EliminarDe facto, a natureza com a sua desertificação humana dá-nos todo um outro alento, mas por outro lado, é praticamente só na selva de betão que temos a oportunidade de ouvir maravilhas como a dupla fabulosa que referiu. Já os vi, numa sala de espetáculos fantástica em Coimbra, vai gostar :))))
ResponderEliminarBoa tarde, Impontual :))))
Na urbe,Tudo urge... tudo ruge.
EliminarObrigado.
Boa tarde, Sinfodónica.
É fugir de novo em busca das árvores. :)
ResponderEliminarluisa, é logo que coisas cá da minha vida o permitam.
EliminarEu não entro em pânico, mas confesso que me sinto desconfortável quando a multidão me engole. Por isso quero uma casinha no campo, para vestir-me de céu e colocar estrelas no bolso do coração. :)
ResponderEliminarDeixo-te um beijo, I. :)
Absolutamente. Antes num mundo a céu aberto, nú, indefeso do que engolido pela multidão.
EliminarAbraço
Cada vez mais à minha necessidade de férias, é férias de gente. O silêncio é uma coisa tão boa de ouvir... E os nossos pensamentos conseguir ouvi-los até ao fim ou poderem não ter fim... Ahhhh férias, agora apetece-me... Bahhh não se faz, Impontual... ;)
ResponderEliminarO que a Olvido queria era ir de férias e voltar só quando se encontrasse.
EliminarSó se for uma licença sem vencimento. .)
... Se fosse com vencimento era melhor, pode ser?? Mas não garanto que me encontre :)
EliminarVi esses dois no coliseu de Lisboa. Foi assim bonito, bonito, bonito.
ResponderEliminarÉ por essas e por outras que pego na bike e fujo para a serra e para o mato sempre que posso. Além de encontrar muito verde, muito ar e quase ninguém ainda me encontro a mim mesma :)
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