«Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para outro, e encontravam-nos, a eles, ao inferno e ao paraíso, e tomavam-nos como seus, e eles eram seus de verdade. As pessoas eram pequenas, mas faziam muito ruído. E diziam: é o meu inferno, é o meu paraíso. E não devemos malquerer às mitologias assim, porque são das pessoas, e neste assunto de pessoas, amá-las é que é bom. E então a gente ama as mitologias delas. À parte isso o lugar era execrável. As pessoas chiavam como ratos, e pegavam nas coisas e largavam-nas, e pegavam umas nas outras e largavam-se. Diziam: boa tarde, boa noite. E agarravam-se, e iam para a cama umas com as outras, e acordavam. Às vezes acordavam no meio da noite e agarravam-se freneticamente. Tenho medo – diziam. E depois amavam-se depressa e lavavam-se, e diziam: boa noite, boa noite. Isto era uma parte da vida delas, e era uma das regiões (comovedoras) da sua humanidade, e o que é humano é terrível e possui uma espécie de palpitante e ambígua beleza.»
Então a poesia tem-lhe segredado inverdades. Acredite antes na música, Impontual. Escrevo-lhe ao som da voz de Billie Holiday e sinto-me nas nuvens...Sente o mesmo?
A música: soul jazz, soul music -- Música negra (para mim com alma). O MEC também explica e escreve muito bem... :) http://www.citador.pt/textos/a-alma-gemea-miguel-esteves-cardoso
Boa(s) escolha(s)...Vou começar por Billie Holliday. Boa noite, Impontual.
...continuando na deixa que a Té nos trouxe: «Nenhum sonho custa tanto a abandonar como o sonho de ter uma alma gémea.» Mas, à noite o que importa é dormir... bem. :)
A poesia e a música, trazem sempre com elas, a alma dos seus autores... Não existe forma de comunicação maior... resistindo ao tempo e ao espaço... pois fica cristalizada nas suas obras... Um tríptico de luxo... com um estilo de música que não conhecendo muito, é sempre um verdadeiro prazer descobrir um pouco mais!... Abraço! Ana
As almas são interpenetráveis. Vem nos livros.
ResponderEliminar«Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para outro, e encontravam-nos, a eles, ao inferno e ao paraíso, e tomavam-nos como seus, e eles eram seus de verdade. As pessoas eram pequenas, mas faziam muito ruído. E diziam: é o meu inferno, é o meu paraíso. E não devemos malquerer às mitologias assim, porque são das pessoas, e neste assunto de pessoas, amá-las é que é bom. E então a gente ama as mitologias delas. À parte isso o lugar era execrável. As pessoas chiavam como ratos, e pegavam nas coisas e largavam-nas, e pegavam umas nas outras e largavam-se. Diziam: boa tarde, boa noite. E agarravam-se, e iam para a cama umas com as outras, e acordavam. Às vezes acordavam no meio da noite e agarravam-se freneticamente. Tenho medo – diziam. E depois amavam-se depressa e lavavam-se, e diziam: boa noite, boa noite. Isto era uma parte da vida delas, e era uma das regiões (comovedoras) da sua humanidade, e o que é humano é terrível e possui uma espécie de palpitante e ambígua beleza.»
EliminarHH
Então a poesia tem-lhe segredado inverdades. Acredite antes na música, Impontual.
ResponderEliminarEscrevo-lhe ao som da voz de Billie Holiday e sinto-me nas nuvens...Sente o mesmo?
sinto. mas às vezes a nuvem dispersa-se.
EliminarÉ natural. A música Jazz umas vezes aquieta-nos a alma, noutras inquieta. Eu gostei das três versões, mas ficaria com Dexter Gordon.
EliminarSim. Uma inquietação acelerada. Quem inquietação diz uma aquietação.
EliminarD. Gordon? Bela escolha.
Vou ouvir...
ResponderEliminarBoa noite
(^^)
Bom dia agora, Afrodite. :)
EliminarA música: soul jazz, soul music -- Música negra (para mim com alma).
ResponderEliminarO MEC também explica e escreve muito bem... :)
http://www.citador.pt/textos/a-alma-gemea-miguel-esteves-cardoso
Boa(s) escolha(s)...Vou começar por Billie Holliday.
Boa noite, Impontual.
Rectifico a gralha no nome da diva do jazz - Billie Holiday.
Eliminar«Como é que um ninho pode ser ninho doutro ninho?»
EliminarPerfeito!
Obrigado, Té.
Talvez por não se saber, mas se continuar a tentar, há poesia e há musica... São tentativas de tocar a alma, dando-a., diria eu cheia de sono...
ResponderEliminar...continuando na deixa que a Té nos trouxe: «Nenhum sonho custa tanto a abandonar como o sonho de ter uma alma gémea.»
EliminarMas, à noite o que importa é dormir... bem. :)
Bom dia, Olvido.
Isso é a poesia a querer disfarçar... :)
ResponderEliminar"La poésie est la musique de l'âme". (Votaire)
Está armada em almofada pregadeira, a poesia.
EliminarA poesia e a música, trazem sempre com elas, a alma dos seus autores... Não existe forma de comunicação maior... resistindo ao tempo e ao espaço... pois fica cristalizada nas suas obras...
ResponderEliminarUm tríptico de luxo... com um estilo de música que não conhecendo muito, é sempre um verdadeiro prazer descobrir um pouco mais!...
Abraço!
Ana