Violentas rajadas de vento vindo do norte abanavam as árvores do jardim assobiando entre os ramos e os troncos. De pé, em frente à janela, via a vegetação agitar-se na escuridão. Tinha uma ideia exacta daquilo que desejava naquele momento: uma parcela do tempo presente, suportar o peso desmedido do pensamento e apegar-se à trama lassa da existência, um breve instante subtraído ao formol dos hábitos, qualquer coisa de instintivo, quiçá uma lufada de sexo à toa e que depois tudo continuasse como antes. Não sendo contudo falho de interesse um regresso às origens da espécie para descobrir aquilo de que realmente é feita, reiterando o desejo de ver nascer a aurora, prometa ela o que prometer.
Também senti isso ontem à noite.
ResponderEliminarBom dia, Impontual!
Bom dia
ResponderEliminarPor aqui, no meu rural também está muito vento.
Kis :=}
promessas...leva-os o vento.
ResponderEliminarbom dia, Impontual.
Boa semana,
Mia
Bonito! Assim deveríamos encarar cada nascer da aurora...
ResponderEliminarTenha uma boa semana, Impontual.