segunda-feira, 13 de março de 2017

Constança

Violentas rajadas de vento vindo do norte abanavam as árvores do jardim assobiando entre os ramos e os troncos. De pé, em frente à janela, via a vegetação agitar-se na escuridão. Tinha uma ideia exacta daquilo que desejava naquele momento: uma parcela do tempo presente, suportar o peso desmedido do pensamento e apegar-se à trama lassa da existência, um breve instante subtraído ao formol dos hábitos, qualquer coisa de instintivo, quiçá uma lufada de sexo à toa e que depois tudo continuasse como antes. Não sendo contudo falho de interesse um regresso às origens da espécie para descobrir aquilo de que realmente é feita, reiterando o desejo de ver nascer a aurora, prometa ela o que prometer.

4 comentários:

  1. Também senti isso ontem à noite.
    Bom dia, Impontual!

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  2. Bom dia
    Por aqui, no meu rural também está muito vento.
    Kis :=}

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  3. promessas...leva-os o vento.
    bom dia, Impontual.
    Boa semana,
    Mia

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  4. Bonito! Assim deveríamos encarar cada nascer da aurora...

    Tenha uma boa semana, Impontual.

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