Uma manhã de Primavera, na pequena estação ferroviária, a serenidade do momento persistia nos dois passageiros já depois de estes terem entrado no comboio. Sentaram-se em silêncio, um à frente do outro, nos dois lugares do lado da janela do compartimento. As primeiras palavras, e sobretudo o seu tom, revelavam permissão. Dir-se-ia que aceitavam a melancolia cinzenta e impessoal do equinócio. No entretanto, lá fora, ao contrário disso, os acontecimentos haviam-se tornado vendavais num palco dilatado, horrível, mais largo que o próprio mundo.
Impontual, eu bem digo que o lado de fora nem sempre está em sintonia com o lado de dentro da pele.
ResponderEliminar(E voltei a ver a noite com escuro nesta madrugada. Mas o frio terrível dos últimos dias, amainou.)
E diz bem, Isabel. reparou como este ano a Primavera veio pelo lado de fora?
EliminarFez-me lembrar a última peça que escrevi, este post.
ResponderEliminarBoa tarde, Impontual
para um outro palco, presumo.
EliminarHá equívocos devastadores, que não se compadecem com os sentimentos...
ResponderEliminarBoa noite, Impontual. :)
o problema é haver um lado de fora.
EliminarBoa noite Maria antonieta
os vendavais lá fora são terríveis, mas os da alma são avassaladores...
ResponderEliminar;)
ella
Quem tem turbulência interior, pouco precisa de fora. :)
EliminarPrimavera por fora... e Inverno por dentro...
ResponderEliminarTantos equívocos assim, que são possíveis, e passíveis de se encontrar a toda a hora, nos nossos caminhos...
Um texto que não nos deixa equivocados... gostei!
Abraço!
Ana