Lusque-fusque
O mar ao fundo, mais ao fundo ainda o sol cansado da sofreguidão da terra despede-se em queda livre numa longa faixa de carne viva sangrando lenta e distante no horizonte, o ar rarefeito deixa a noite resvalar, um breve momento de quatro olhos que se entrelaçam num milésimo de segundo infinito, um leve toque de dedos sob a mesa de vime envernizado, palavras que se convertem em sussurros, lábios que se confundem entre si. Por ora o que há a fazer é olhar. É olhar e cheirar, que depois, logo mais, numa insónia demorada, lembraremos o resto das nossas vidas.
(Tirei uma fotografia com a Nikon F70 analógica, mas queimou-se. Peço desculpa.)
Eu tenho uma(por acaso são umas 4 ou 5).Fotografias, claro. Tirada com o Samsung J5 mas que até faz um bom trabalho. A tirar fotos.
ResponderEliminarApesar da ausência de ilustração, a escrita permite visualizar na perfeição a paisagem, tanto mais que me fez lembrar de imediato as fotos tiradas há quase 3 anos.
Devias ter mostrado a fotografia queimada. Ia bem com o tema do post.
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