A mente a vibrar - uma corda -, as palavras, tal como as ideias, a ressoar entre si, harmonizando-se, amplificando-se, desunindo-se. Velocidade, tempo real, tudo pulula de toda a parte no único fito, não confessado, de tentar o desprendimento: já não ser, já não fazer parte, aniquilar, aniquilar-se, experimentar ainda uma vez e outra os corpos, a sua resistência, ir à beira do abismo, admirá-lo e, como se a terra estivesse a cessar de existir, lançar-se nele para saber uma e outra vez, quiçá uma derradeira vez, o que será um fim em beleza. Acolhendo-o, cadáver irremissível. Recolhendo-a, baça e ímpia.
* claramente baseado numa ordem de uma capitã de mar e terra.
* claramente baseado numa ordem de uma capitã de mar e terra.
Muito bom :))
ResponderEliminarHoje:- Não sofras por não me teres, não é verdade.
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira
Fiquei em reflexão.
ResponderEliminar.
Abraço
O desprendimento como fim em mesmo tem os seus perigos. Mas também tem a sua beleza.
ResponderEliminarObrigada, Impontual.
A crueldade para consigo mesmo esconde a preocupação do momento.
ResponderEliminarPara quê, afinal?
Olhar a natureza a florir, morrendo sob a claridade impiedosamente quente do sol dito criador, é iniciar o ciclo de uma lenta transformação que se vai mostrando â ciência, devagarinho.
Nada na natureza se perde: tudo se transforma e se aproveita.
Essa é a mais bela e dura realidade do sentido da vida.