Estamos aqui três perfeitos desconhecidos a olhar este final de tarde magnifico de fim de Agosto. Cada um de nós formou um conceito próprio de liberdade, feito à medida das suas inclinações ou das suas conveniências. Cada um bebe com lábios diferentes a tisana da liberdade. Para ela, a vagabunda que pinta quadros, a liberdade é um pincel em forma de telemóvel. Para ele, o aventureiro de mochila às costas que colecciona bilhetes postais, a liberdade reduz-se a um passaporte internacional. Para mim, que sou um deslumbrado, mas que, sobretudo, sou um fugitivo, a liberdade é outra coisa.
Para cada homem ou para cada mulher, a liberdade é algo diferente. Caminho, escolha, acaso, sonho. Fugindo das servidões do dia-a-dia, todo o homem procura a liberdade, persegue-a, alcança-a, compreende-a, usufrui dela à sua maneira.
O drama começa quando há duas pessoas, porque duas pessoas não conseguem pôr-se de acordo para falar disso. A liberdade não é nada, porque a liberdade é tudo. A liberdade é um enigma ao alcance dos olhos.
Para mim é mais ou menos simples: que esse dois não me impeça de ser eu própria. É essa a liberdade que preciso.
ResponderEliminarA independência é muito parecida com a liberdade, mas não é a mesma coisa. :)
EliminarO cerne da questão quanto a mim está parcialmente ao lado.
ResponderEliminarSe por um lado a liberdade é tudo por mais que o queiramos renegar somos seres sociais.. Precisamos uns dos outros para sobreviver. Foi essa cooperação que nos permitiu sair das cavernas e chegarmos hoje aqui, isto é ainda não nos termos extinguido.
Por outro lado, aquele que quer a liberdade toda para si estamos a negá-la ao outro.
Temos a um nível macro as guerras mas a um nível micro vemos bem aqueles que, numa relação, exigem para si toda a liberdade de movimentos mas a negam à outra parte. Opção ou incapacidade?
Como resolver?
Bom dia Maria! :)
EliminarIncapacidade.
Não se resolve. A liberdade é infinita em doses semelhantes em cada um.
Gostei da ideia de ser 'fugitivo', tantas vezes um meio para viver a liberdade e também chegar mais perto dos outros, ainda que não pareça.
ResponderEliminarQue haja mais fins de tarde assim. Em setembro costumam aparecer.
Exacto.
EliminarQuantas vezes a fuga é uma perseguição.
Obrigado por ter vindo Maria Dolores.
A liberdade dá-nos múltiplas versões de nós em nós e na sociedade.
ResponderEliminarGosto deste Credo[risos]
Bom domingo, Impontual.
EliminarRainha do perfume! :)
Amén.