Quando na porta à minha frente soava aquela leve pancada de dois toques e me deparava com uma mulher bem composta, de cabelo escuro, testa ampla e sensata, olhos que me aqueciam e um sorriso que no meio da noite era em si mesmo uma luz sobre a minha alma fruidora, que me perguntava numa voz musical, com uma expressão de doçura nas feições e abanando a porta atrás de si com uma das mãos:
- Sabes guardar um segredo?
- Como um túmulo! dizia eu com fervor.
- Acabei de fazer umas bolachas de manteiga!
...
- Não durmas tarde.
- Obrigado, mãe.
- Sabes guardar um segredo?
- Como um túmulo! dizia eu com fervor.
- Acabei de fazer umas bolachas de manteiga!
...
- Não durmas tarde.
- Obrigado, mãe.