Gianni Berengo Gardin, "Il bacio di Venezia"
Há momentos nos quais aquilo que se cala tem tanta importância como o que se diz. É como uma viagem nocturna, ora reflexiva, ora extravagante e desolada, em busca da linha de sombra onde os anseios habitam, mas também, pelas mesmas razões, um périplo à procura do esquecimento, uma recordação minuciosa e esperançada em que as certezas perdem paulatinamente a sua razão de ser e são substituídas, como se tratasse de um sonho, pelo vazio do tempo.
O silêncio, acho, deve ser algo não que cala alguma coisa, mas que fala por si, em si. Raramente é vazio.
ResponderEliminarMomentos em que temos o propósito de calar algo são momentos de contrariedade que demoram a repousar no esquecimento. Já o esquecimento não se propõe, acontece em silêncio, acho.
Bom dia, Impontual
O problema do silêncio é quando indicia algo que ficou por dizer. De resto... é ouro.
Eliminarsim, "silence is golden" :)
ResponderEliminarPuro.
Eliminar«Há momentos nos quais aquilo que se cala tem tanta importância como o que se diz.» Principalmente quando as palavras já não acrescentam nada e não há ouvidos interessados em as ouvir.
ResponderEliminarUma vezes o silencio fala... e outras vezes... o silêncio deveras cala...
ResponderEliminarTão dúbio, quanto a palavra... é preferível não deixar nada por dizer...
Bjs
Ana