segunda-feira, 6 de junho de 2016

Uma vez que não posso comentar a Flor.

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Um monstro de aparências delicadamente horríveis. A liquidez. A insegurança de se ser apenas aquilo que se é. A rejeição de todas as formas fixas e rígidas de ser visto. A fatuidade. O palanque da autoridade moral. O espectáculo, a vitória da aparência, da imagem, do imediato, a banalização de todas as esferas da vida.

Rejubilai e cantai com alegria.

8 comentários:

  1. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

    Rejubilemos, I.

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    1. "(...)Uma flor nasceu na rua/Sua cor não se percebe/Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico."

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    2. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
      e lentamente passo a mão nessa forma insegura.

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    3. Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
      Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
      O sol consola os doentes e não os renova.
      As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
      Uma flor nasceu na rua!

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    4. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.


      obrigada Impontual, obrigada Drummond de Andrade.

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    5. O tempo pobre, o »Impontual» pobre
      fundem-se no mesmo impasse da rica «flor»

      Abraço, flor

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  2. Não duvido já, que aconteça o que a imagem reproduz. Quanto a todo o resto Viva!!!
    " A fatuidade. O palanque da autoridade moral. O espectáculo, a vitória da aparência, da imagem, do imediato, a banalização de todas as esferas da vida."
    Viva!!! a incompreensão pelos que ainda não se deixaram vencer, apelidados de retrógados e outras coisitas mais
    Viva!!!

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