Nada em redor, a não ser o ar na plenitude do seu movimento e um reconforto absoluto. Os pensamentos flutuam lentos e retorcem-se grotescamente como uma mosca à procura de uma janela aberta. O mundo apresenta-se repleto de telhados e pontes que oferecem essa garantia. Podia simplesmente inclinar o corpo para a frente, suportar o minuto difícil da queda. Mas, e depois? inquiriu-se.
Um dia vê-se e não se sente, outro sente-se sem se ver, eis a eterna condição. Às vezes continua-se a ser já sem que se exista.
Um dia vê-se e não se sente, outro sente-se sem se ver, eis a eterna condição. Às vezes continua-se a ser já sem que se exista.
Verdade!
ResponderEliminarCruzo-me diariamente com tanta gente que é sem existir...
:)
Confirmo a forte densidade populacional.
EliminarImpontual, gosto desta tua escrita suave doce que imagino fazeres posicionado de fora do mundo.
ResponderEliminarQue venha uma tarde boa!
Isabel, peço-lhe, meta-me do lado de dentro do mundo.
Eliminar( confirmo, a tarde veio boa)
também há quem exista sem ser. a perspectiva de ser sem existir parece-me mais atraente se no ser se coloca implícito o sentir.
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