Li em algum lado que Torga disse um dia que com a "Criação do Mundo" tentou sintetizar a experiência de toda uma vida. E como se sintetiza a luta entre o ser e o não ser, entre estar e não estar, entre o eu e os outros? Fazendo-o sentir na própria carne do leitor.
A verdade é que pagina atrás de página "Criação do Mundo" é uma luta asfixiante entre ascensões e quedas, entre o popular e o snob, vida e pensamento, reflexão e memória, narração e discurso, emoção e conceito, uns e os outros, solidão e companhia, vida e morte. Só um gigante podia almejar tanto, comprometer-se tanto e logra-lo de uma forma tão pouco convencional.
O Mundo real envelheceu mal, envelheceu mais cruel, mais doloroso que nunca.
Torga eternizou-se. Na prateleira.
A verdade é que pagina atrás de página "Criação do Mundo" é uma luta asfixiante entre ascensões e quedas, entre o popular e o snob, vida e pensamento, reflexão e memória, narração e discurso, emoção e conceito, uns e os outros, solidão e companhia, vida e morte. Só um gigante podia almejar tanto, comprometer-se tanto e logra-lo de uma forma tão pouco convencional.
O Mundo real envelheceu mal, envelheceu mais cruel, mais doloroso que nunca.
Torga eternizou-se. Na prateleira.